terça-feira, 7 de maio de 2013

Deg Aprendizes: Quem será o melhor amigo do homem, o cão ou a filosofia?

Imaginar que o famoso filósofo Arthur Schopenhauer tivesse um poodle, logo um poodle, chama a atenção!rs...

Não há como negar que esses amáveis animais, acalentem nossos dias e corações. Mas, se pensarmos no amor á sabedoria, a Filosofia, no questionamento genuíno que nos proporciona, para conhecer-nos melhor e mais profundamente, também pode ser muito acalentador e revelar-se uma companhia vivaz, rica e divertida.


O livro " O Poodle de Schopenhauer" partiu da coletânea de contos publicados por André Camargo no site do Luciano Pires sob o nome de "iscas intelectuais".


André de forma irreverente, leve e sábia traz a cada conto uma questão humana, e convida para "sentar à mesa" vários filósofos, oferecendo seus conhecimentos aprendidos como psicanalista, professor de Psicopedagogia, e como pai de Manu e Otávio.


Neste encontro com o autor, a euforia foi grande em querer discutir vários contos, mas depois percebemos que o valor da conversa fluida e a leitura presencial de um ou dois contos já seriam um bom prato!


André Camargo, autor do livro
 " O Poodle de Schopenhauer"



Leny lendo para todos.

O escolhido foi " Ficar só". No livro, cada conto inicia-se com uma citação e esta vale reproduzir:

" Todos os nossos esforços tendem a abolir a solidão. Assim, sentir-se só possui um duplo significado: por um lado, consiste em ter consciência de si; por outro, um desejo de sair de si. A solidão, que é a própria condição de nossa vida, surge para nós como uma prova e uma purgação, ao fim da qual a angústia e a instabilidade desaparecerão. A plenitude, que é repouso e felicidade, e a concordância com o mundo, nos esperam no fim do labirinto da solidão." Octavio Paz

Como sabemos, podemos estar rodeado de pessoas e sentir-nos só, e estar só e sentir-nos bem e preenchidos.


Paula, Cris, Leny, Chris, Cris e André.
Nossa quantas Crisss! rs

O isolamento dá sensação de abandono, de não pertencimento e angústia mas, como outra face a "solidão pode ser a situação do sábio", a recuperação do amor próprio, do respeito e cuidado consigo mesmo.

Para "estar só", verdadeiramente, é preciso fazer a escolha, mergulhar para dentro. Só a partir daí poderemos aprender a nos relacionar, ter consciência de si e atingir a plenitude, ou o simples bem estar e relaxamento.


André e Paula, em conversa entusiasmada.

Donald Winnicott, citado no livro, diz que o amadurecimento emocional será proporcional a nossa capacidade de estar só. No entanto, nossa infância tem fator chave neste processo, o quanto fomos alimentados por amor e adquirimos auto estima com os "pais" ( aqui de forma ampla) que souberam assumir o difícil papel de estarem suficientemente, presentes e ao mesmo tempo ausentes, de serem protetores e não invasivos.

É internalizando "este adulto protetor" que conseguimos nos momentos de solidão, sentir uma presença confiável.


Christiane e Ana Cristina.

Silenciar é dar a justa importância ás palavras. Reconhecer sua fragilidade em nos fazer companhia. Só as bem intencionadas, positivas ou não, nos preenchem.

Se você ficou com uma sensação de quero mais... dia 21/5, teremos um novo encontro sobre o livro. Te esperamos!


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