segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Quer entender o que o corpo fala?


A Casa Deg Filó experimenta a Técnica Alexander!

É sempre assim, o que parece ser não é... E o que é, não nos damos conta.
Técnica Alexander: Reeducação do ser ou da postura?

A Técnica Alexander, recebe este nome pois foi criada pelo ator australiano Frederick Matthias Alexander, que há cem anos atrás, fã dos textos de Shakespeare, viu-se impossibilitado que continuar seu trabalho devido a uma crônica falta de voz. Infeliz e observador de si,  avaliou que seu problema não estava só no físico e que a causa deveria estar no "psicossomático". A partir daí desenvolveu e oficializou a técnica, que foi reconhecida por médicos respeitados do Império Britânico, onde passou a residir.

Simples em sua essência,  ensina às pessoas como perceberem e tirarem maior proveito desta máquina perfeita que é nosso corpo, a semelhança da natureza. Contribui para evitar tensões desnecessárias, promovendo harmonia e maior vitalidade, oferecendo a cada um a possibilidade de ser "mais senhor de si".

Somos seres de hábitos. Reagimos da mesma forma sistemática às novas e às "velhas" situações do cotidiano. O que pensamos e cremos estão cristalizados em nossos hábitos e nos aprisionam. Todos os "fazeres" de nosso corpo, sejam mentais, físicos e/ou emocionais são traduzidos em contrações musculares que imprimem padrões posturais.

Toda esta reflexão me faz pensar que Frederick, deva também ter bebido da fonte dos ensinamentos de Gurdjieff, o qual verifica o mesmo sobre as repetições cotidianas e propõe a todo tempo um novo olhar, um novo gesto, se você é destro experimente usar a esquerda, e divertindo-se com você mesmo tenha a possibilidade de estar desperto - o maior trabalho para um buscador do auto conhecimento. A técnica Alexander, não propõe nenhum exercício físico mecânico, mas a observação e a reconquista dos movimentos do balanço natural de seu corpo, o equilíbrio de seu crânio sobre sua coluna vertebral, por exemplo. 

Nossa postura física reflete a maneira como enfrentamos o mundo, seja de peito aberto e cabeça erguida, a postura desejada pelos valentes, ou o oposto cabeça baixa e ombros caídos, ou mesmo uma postura de quadril arrebitado de quem deseja exibir sua beleza. Qualquer uma delas está, completamente, desalinhada com nosso balanço e a postura ideal, trazendo dores e restrições físicas ao longo do tempo. 


Assim comece a pensar qual é a postura que deseja ter para sua vida ao invés de pensar apenas no seu corpo. O ideal é não apresentar hábitos, e sim aprender o tempo todo como explicam Daniella Soares Barsoumian e Eleni Vosniadou, nossas professoras esta noite, formadas pela London Center Alexander Techniche and Training, após três anos de aulas teóricas e muito treino. Quando aprendemos algo, nos congelamos no saber adquirido, e travamos a mente e o corpo. É claro que conhecimento é muito bom, mas só será de valia se servir para trazer mais conhecimento. A lição que fica é: Mesmo aquilo que você já sabe, procure aprender de outras maneiras, mantenha-se oxigenado e flexível e mais do que isto, iniba a primeira reação (que é viciada) e dê espaço à "segunda reação" sempre mais consciente e coerente.

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